Creatura Nova #359827

A Imolada, A Gentil, Sensibilidade, Delicado, Eros, Pálida. Uma jornada poética para descobrir as várias facetas da alma humana, onde o bem é confundido com o mal, o amor se funde com ódio, o perdão se torna culpa. Qual o limite entre o certo e o errado? A consciência será realmente um juiz imparcial? Será a moralidade apenas um condicionamento social? Uma eterna luta entre o instinto e a razão... A Creatura Nova pretende, através do estilo e da temática, representar uma nova maneira de fazer poesia. Um estilo antigo que se fundiu com temas atuais e métodos modernos. Mais do qu com uma antologia, deparamo-nos com uma narrativa poética real. Pela primeira vez, um tema difícil, como o estupro incestuoso, é tratado na poesia. As principais temáticas são as facetas da alma humana, vistas sob vários pontos de vista. E 'dividido em 'capítulos': "A Imolada" e "A Gentil" são o âmago da narrativa poética, onde é narrada a história de Adelfo (do grego = adelphos irmão) que estupra a irmã Verginia. Esta vai encontrar forças para perdoá-lo mas também o perdão se pode tornar uma grande culpa, e serão essa, de fato, que elouquecerá o protagonista Adelfo. Outra peculiaridade são os narradores. Em "A Imolada", os dois primeiros poemas são narradas por um narrador externo e os dois últimos do ponto de vista interno, ou seja, o de Adelfo. A mesma coisa acontece no capítulo "A Gentil", onde nos dois primeiros poemas o narrador é externo e nos dois últimos é interno, isto é, temos o ponto de vista da irmã Verginia. Isso possibilita olhar para a história, para o carrasco e a vítima de diferrentes perpectivas. No momento em que os seus papéis se misturam, a vítima torna-se carrasco e o carrasco, vítima. Nos oito poemas está presente um elemento commum: o lírio, um símbolo de pureza. Os restantes, sempre divididas por tema, tratam de temas como o amor a Deus, erotismo, autoflagelação, feminicídio e abandono.